sábado, 13 de agosto de 2011

FACES DO SER





A feiura da alma

É pior que a feiura física.

A primeira não está à mão como a palma,

E a segunda pode até tornar-se lírica.

A da alma, quando descoberta, arrasa.

A física é como a brasa

Que vermelha de prazer assa,

Perdendo seu brilho quando a cinza chega e abraça.

A falta de beleza interior

É como a casca do maracujá colhido,

Quando nova é lisa com um brilho superior,

Quando amadurece enruga-se com um feio espavorido.

A da alma se esconde no vale da maldade,

Agindo de forma cruel e traiçoeira.

A física pode até tornar-se uma beldade

Dependendo da sua condição fiananceira.

Mas a estrada florida e linda para percorrer,

Só depende de nós mesmos seguir.

O direito é dado a todo ser,

E se escolheu errado não terá no futuro, como argüir.



Acyr Gomes

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